Diversidade Cultural como oportunidade para a Humanidade

Diversidade Cultural como oportunidade para a Humanidade

O Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento celebra-se anualmente a 21 de maio. Nesta trajetória, a legitimação, em 2001, assente nos princípios da Declaração Universal da UNESCO sobre a diversidade cultural como “património comum da humanidade”, contribuiu para assegurar o combate a todas as formas de preconceito.


Actualmente, as questões relacionadas com a diversidade cultural, as comunicações interculturais e as migrações, constituem áreas importantes não só no campo da Psicologia, como também são temas centrais das agendas da política educativa e das instituições escolares.


Neste contexto, as sociedades contemporâneas enfrentam novos desafios, resultantes de vários factores, nomeadamente, a globalização, os fluxos migratórios, os refugiados  e uma grande heterogeneidade linguística e cultural. No que diz respeito a Portugal, considerado um país tradicionalmente de emigração (estimando-se que o número de portugueses e de descendentes no estrangeiro é elevadíssimo) tem vindo, igualmente, a reforçar o número de imigrantes. Por todo o País é possível encontrar pessoas de várias nacionalidades, de diferentes religiões e ideologias, que transportam consigo uma bagagem repleta de distintos hábitos e costumes.  


A migração acarreta, assim, a adaptação mas também a incorporação pelo indivíduo de uma cultura, língua, regras culturais e sociais diferentes, tendo o imigrante de desenvolver estratégias de adaptação que lhe permitem resolver as dificuldades relacionadas com a condição de imigrante e de aculturação, ou seja, com as relações culturais entre a sociedade de acolhimento e a sua cultura de origem.


O século XXI deve ser assinalado com uma mudança de paradigmas intelectuais, sociais e culturais. Por conseguinte, mais do que nunca, impõe-se a formação a todos os cidadãos, um processo educativo que deve ser cada vez mais precoce, nas escolas, com a missão de prepará-los para a vida, de transformá-los em cidadãos humanistas e democráticos, numa época marcada pela diversidade social e cultural em constante crescimento.  É imperativo agarrar a oportunidade de promover a diversidade, a as suas contribuições, a complementaridade, a solidariedade e não a discriminação, a xenofobia e o racismo. É necessário apelar a um diálogo entre culturas, num esforço urgente para providenciar a tolerância no mundo actual marcado por crescentes conflitos étnicos e religiosos que alimentam o ódio e a incompreensão mútua. O apreço pela dignidade humana deve ser colocada em primeiro plano, com o objectivo de aprofundar reflexões sobre os princípios da diversidade cultural a fim de aprendermos a lição mais importante: sabermos viver juntos em comunidade, sem adversidades. 


É com este propósito que a educação para a paz tem a missão de desenvolver a sensibilidade e as competências de comunicação, de modo a se enquadrarem  numa  perspectiva  multicultural  não  preconceituosa.  Cabe  aos agentes políticos e educativos  a  função  de  trazer  para a sociedade e escolas,  soluções  que contribuem    para    a  escuta  activa, diálogo,  auto-regulação  e  autocontrolo, empatia  e   responsabilização.

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