A importância da figura paterna no núcleo familiar

A importância da figura paterna no núcleo familiar

A vinculação estabelecida entre a mãe e o bebé é um dos elementos mais importantes nos primeiros meses de vida de uma criança. No entanto, não se deve esquecer que o papel exercido pela figura paterna, visto como algo secundário, é tão significativo como o da progenitora no desenvolvimento saudável emocional, social e cognitivo infantil. Deste modo, para assinalar o dia do Pai, efeméride que se comemora anualmente no dia 19 de Março, iremos abordar neste artigo a importância da figura paterna, uma peça-chave fulcral nos primeiros passos do crescimento de uma criança.

 

O pai representa mais que um vínculo biológico

Quando se trata de paternidade, por vezes pode aparentar que o pai ocupa o segundo lugar. Na realidade, embora o amor de uma mãe seja muito especial, uma figura paterna presente desempenha um papel igualmente importante no bem-estar da criança.

Desde a gestação que o pai assume uma função imprescindível, nomeadamente no acompanhamento, no apoio emocional e físico que presta à mãe do seu filho, transmitindo uma sensação de segurança, paz e tranquilidade, até ao momento mais esperado por ambos, o nascimento da criança. Assim sendo, está comprovado que os recém-nascidos formam instantaneamente uma conexão, quer com o pai, quer com a mãe. 

Em regra geral, os papéis das mães e dos pais podem apresentar algumas diferenças no modo como interagem com os seus filhos. Por um lado, a figura materna cumpre o dever de prestar os cuidados básicos, ao passo que o pai está encarregue das actividades lúdicas. 

A participação activa do pai, no seio familiar, pode ser considerada como um complemento ao papel da mãe. Neste contexto, a ligação afectiva entre o pai e o filho deve ser estimulada, de forma a influenciar na aprendizagem e a facilitar a integração da criança na sociedade, promovendo assim uma maior autoestima e autonomia. Ao longo dos anos, se essa relação florescer num ambiente estável e responsivo, será criado uma vinculação permanente e segura entre pai e filho. Opostamente, aqueles pais que maltratam e são negligentes, tendem a formar padrões de vinculação insegura, proporcionado um impacto muito negativo no bem-estar da criança. Vários estudos científicos referem também que a ausência do pai pode desencadear consequências negativas, como por exemplo, problemas comportamentais e psicológicos.

Ressaltamos ainda que a presença física do pai jamais poderá ser substituída ou compensada com bens materiais, tais como roupas, brinquedos, viagens ou dinheiro. Durante a fase da adolescência, os meninos começam a observar atentamente o progenitor e identificam-no como uma espécie de modelo a seguir e, no caso das meninas, uma figura promotora também de sensação de segurança.

Por último, se por alguma razão o pai biológico não conseguir estar presente na vida da criança, é fundamental que outra figura masculina represente esse lugar, nomeadamente algum familiar, tal como um tio, avô, irmão mais velho ou até mesmo outro adulto que tenha uma ligação com a família. Neste âmbito, uma base familiar firme irá permitir que a criança se torne num adulto resiliente, alegre e responsável.

 

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